quinta-feira, dezembro 31, 2015

Sobre o Starwars, o Game of Thrones, o 50 Shades fo Gray e finalmente, o Twilight

Há muitos, muitos anos, havia tipos de histórias que pertenciam a um género. O que as fazia pertencer a um género - independentemente de serem boas ou más - passava por abraçarem certos conceitos básicos, algumas premissas próprias do espaço,
tempo ou autores originais, revelando aspectos sociais, políticos, pessoais muito próprios, alguns critérios estéticos mais ou menos definidos mas claramente pertencentes a um só universo. Com as devidas excepções, um género era facilmente identificado, e fácil de excluir dos restantes.

Chegamos a 2016 com uma única premissa: Seja qual for a história, é possível abastardá-la o suficiente para deixar de ter género e passar a ser a favorita de toda a gente.
Mantenha-se a estética* e pode transformar-se ficção cientifica no género mais popular de sempre. O mesmo para o Game of Thrones: Se dissessem a um adolescente geek de 80's que um dia uma telenovela de Fantasia ia ser vista por toda a gente e que quem não a vê seria tido como um ser bizarro, engasgava-se a ler o Senhor dos Aneis e cuspia o aparelho. Já aqueles que conseguiram tornar BDSM um tema de filme de domingo à tarde e lobotomizaram vampiros para serem boas pessoas, conseguiram destruir o que seria "gótico" e fazer esquecer o tempo em que os lobisomens eram o inimigo, em vez dos actuais pequenos póneis.
Isto tudo só para poderem vender t-shirts à miudagem.
Salvam-se os filmes da Marvel, que só podem dar alegrias.

Disclaimer: Há excepções. É possível abstardar géneros propositadamente, mas para melhor. Exemplo: Warm bodies é um filme romantico com zombies, e como tal, uma comédia.

*apenas a parte que toda a gente gosta.

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