quarta-feira, dezembro 18, 2013

A insegurança pública

Esta semana assisti a uma tentativa de assalto. Já não presenciava um episódio assim há anos. Fruto do choque de quem assistiu a uma cena tão chocante, quero mostrar um estudo patrocinado pelo PPC, sobre segurança em Lisboa.
O estudo concluiu que a insegurança pública está dependente de vários factores e que é, mais do que um fenómeno social, um problema cognitivo. Veja a gravura a). ( clique para aumentar )

 
Mapa a) Mapa Prezadiano ( PPC ) de insegurança pública
Estão anotadas as zonas que, em absoluto, não são seguras em Lisboa. Por coincidencia são as zonas onde eu próprio não me sinto seguro a passar lá a pé à noite ou de dia caso leve uma máquina fotográfica. A Madragoa está ali mas só porque não curto aquela onda de locals manhosos a defender território. Eles não roubam nem nada, mas partem-me a boca toda se olhar na direcção deles a dizer isto.
Mas, isto é um mapa geográfico-cognitivo. Passo então ao mapa b).
Mapa b) Mapa para cidadãos comuns de Lineu
As coisas complicam-se neste mapa. Há aqui uma dimensão cognitiva maior, um território por vezes ocupado por preconceitos, temores, crenças e alguma burrice. De salientar que as zonas de pobres são até muito apreciadas por turistas ( a feira da Ladra, por exemplo) e pessoal que faz hotéis hip.
Finalmente, o mapa c):

Mapa c) Lisboa para Betos
O caso desesperante que pude assistir e que originou este estudo partiu do fenómeno cognitivo Beto. Os betos, dotados de uma premonição auto-confirmada, simultaneamente relatam um mundo cruel e criam esse mesmo mundo cruel, que paradoxalmente ora é um paraíso neo-colonial ora é uma selva aborígene, dependendo apenas do tipo de mitra que atraem com a sua camisa-de-fralda-de-fora, um sinal universal de tentação entre a mitra normalmente ocupada com coisas sérias. Concluindo este estudo, resta dizer que isso da insegurança muda conforme o número de facas, pistolas, seringas e assaltos a que assiste ao longo de N tempo versus a relatividade.

4 comentários:

portuguese girl with american dreams disse...

Gosto muito o teu blog. Não conhecia. Passa pelo meu, espero que gostes:)

Carla R. disse...

Esta pergunta, vai na volta e é estranha : o que é a casa do Cid ?

Prezado disse...

É um tasco nível 10.

calhou calhar disse...

Eu também já fui "subtraída" em Lx, (é assim que os sr´s agentes lhes chamam, aos assaltos). Aliás, acho que podia escrever um caderninho de crónicas lisboetas! :p