sábado, julho 06, 2013

Sobre o tempo

Parece que por predisposição genética, quando não temos nada para falar, falamos do tempo.
O tempo anda a foder-nos. Primeiro ataca os comandos de ar condicionado. Depois dá cabo dos miolos dos deputados. Faz o Porta numero 2 do governo. Aquece os capôs dos carros até deixarem de ser em francês. Faz os teclados quentes. As mesas quentes. As cadeiras quentes. Já nem venho à internet. Estou a perder as impressões digitais à conta de polir os dedos nos copos de imperial. Mas finalmente e ao fim de não sei quantos anos, cumpro o destino que este tempo dita: estico-me no sofá a beber litros de água gelada à frente da televisão e da ventoinha. Foi para isto que este tempo foi evocado.

2 comentários:

Turista disse...

Pois caro Prezado, somos dois a fazer e a pensar o mesmo... menos as imperiais!

zozô disse...

Não, Prezado, isso são pretextos para tu não largares o sofá: no Inverno provavelmente será a mesma coisa (...mas com uma mantinha nos joelhos)