quinta-feira, novembro 29, 2012

Até entendo que o domínio do discurso político seja uma parte extremamente complexa de trabalhar quando alguém se dirige em simultâneo a tantas pessoas com ideias tão diferentes. Talvez por isso, pelo uso de meias palavras, sub-entendidos e sub-leituras, nunca tenha confiado muito em políticos. Eles pensam como todos mas não o expressam como todos. Não podem, para bem deles.
Mas o Passos conseguiu levar o discurso político a um máximo histórico: ele mente permanentemente. O que diz não tem valor em si, é apenas um papel de rebuçado, daqueles que eu não gosto, para um modo de pensar.
Exemplo: "2013 vai ser o ano da recuperação." Obviamente que não vai ser ( pelo menos para mim, pode ser, sublinho o "pode ser", que haja empresários que fiquem a ganhar mais ), mas serve para criar alguma esperança.  Não é baseada em factos, não chega a ser wishfull thinking e não o diz de forma a que eu acredite, mas é isto todos os dias. Isto tudo é muito básico é.

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