sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Dança comigo

Este vai cativar só público feminino, sim. Há um fetiche generalizado à volta deste filme, e só elas* percebem porquê. Eu desisto.

* aplica-se apenas a trintonas

Encontrado dia 29 de Fevereiro, pela manhã, em Benfica.

Das casas I

O prédio já tem algum tempo, e daí adivinha-se uma ordem nas coisas. Divisórias mais ou menos equilibradas, alinhadas num eixo. Arrumadinhas. Aprumo.
Mas não.
Não há um eixo. Há uma serpentina no lugar do eixo, e há portas enviesadas que disparam em todas as direcções. Só diagonais. As portas parecem fechar divisórias iguais, mas afinal o que parece um armário é uma sala. E o que parece a cozinha, é um armário. Aliás, quase tudo parece um armário.
Não há luxos, tudo é escasso. Mas não falta nada. Só coisas por arrumar.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Ouvir

Este ano, soube a tempo. As Ted talks são um conjunto de conferências anuais onde se discutem ideias dentro do universo da tecnologia, entertenimento e design. Para o pessoal da criatividade, aspirantes a visionários, interessados e gente-que-não-vê-tv-porque-não-dá-nada-de-interesse, vale a pena.

Webcast da entrega do prémio anual, ao vivo, hoje.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Sotaque?

Angolano? Brasileiro? Índio? Cigano? Mexicano? Chinês?
Não é sotaque, porra. É um problema de dicção.

Não tenho cara de quem nasceu em Barcelos, também...

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

O processo mental

O meu processo mental é simples: Penso 3 ideias em simultâneo com tempo para dizer só 1, acabando por debitar 4. A 4ª, nem pensei nela.

Será este o truque para ter umas tiradas esquisitas de tempos a tempos?

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Subbacultcha



Deixo-vos A banda, para o fim de semana. Depois desta, as bandas deixaram de me marcar. Génio puro, estes rapazes.

Tou velho, porra. Ouvia isto no 10º ano. Chiça.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ai!

Ai Ai! Que ainda é tão cedo e já me lixaram o dia.
E eu que não tenho pago as cotas da paciência-de-santo...

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Closer

genial.

cafézinho pela manhã, e lá desperto...

Agarras-te à hora
Em que o tempo não passou
Mergulhas nas cores
Que a loucura te emprestou
E quando te vês para lá do espelho
Encontras a solidão

Descobres o Mundo
De quem tem pouco a perder
E sobes às estrelas
Que ontem não podias ver
E perdes o medo de estar só
No meio do multidão

Tradições
Atrás de contradições
Fizeram-te abrir os olhos
Podes dizer:
Eu... sou

Jorge Palma - Só

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Peço desculpa, mas não é verdade!

É a frase favorita do nosso Primeiro. Surge em resposta a uma qualquer verdade de La Palisse que se lhe diga.
Exemplo: "Senhor primeiro Ministro, as pessoas andam à rasca." resposta: "Peço desculpa, mas não é verdade...". Comecei a achar estranho...

Analisei a entrevista na Sic friamente, e começo a achar que Sócrates, na verdade, é um 50kratez: um bot de irc. Será um script fácil de implementar, porque não tem grande vocabulário. Fala-se com ele, pergunte-se o que se perguntar, as respostas são pouco variadas.
"Nada daria mais gosto ao primeiro ministro que..."
"Eu quero recordar-vos do seguinte..."
"Peço desculpa, mas não é verdade..."
"Tenho o maior gosto em explicar-lhe"
"
Ao fim de 5 minutos, topa-se logo a marosca, como diria o Louçã. Afinal não é um gajo com a mania que é culto, é um bot dificil de desinstalar.

Terra maldita em que não há uma manifestação válida, toda a gente ganha bem, só há "sinais positivos". Maravilhoso.

Dos taxis

Não admira que não se calem. As vidas são tão cheias de coisas que não podem viver calados. O golo do Benfica e o Makukula servem só para quebrar o gelo, se calhar. O que querem é falar das filhas e dos filhos, das netas e da mulher, do que custa viver por cá.
O que eles querem é falar da outra vida, a vida da Suíça, para onde fugiram sem saber uma palavra de língua nenhuma, o que não os impediu de desviar a Jaqueline para maus caminhos com a única frase que um amigo lhes ensinou ( tu faire l'amour avec moi? ) , e descobrir que afinal, o gesto é tudo.

E no fim, ainda fazerem um desconto na viagem...

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Achado


Dado por um tipo na rua, no Cais do Sodré.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Abençoados.

Abençoados. Os que conseguem seguir em linha recta sem fazer perguntas daquelas que fazem comichão. Os que ignoram abismos e não espreitam pela porta proibida. Os que conseguem não virar do avesso o que amam, não escarafunchar e querer conhecer tudo, em especial o que doi e incomoda. Os que tapam as feridas em vez de as expor em praça pública, os que não trazem nas mãos o coração aberto ao vento, são sensatos e nunca traíram ou mentiram. Os que conseguem viver mais ou menos, gostar mais ou menos, foder mais ou menos. Os que nunca sofrem insónias, nunca bebem demais nem levantam a voz. Abençoados esses que nunca cruzaram a ténue linha que nos separa da loucura, nunca questionaram se essa linha será mais à frente mais ao lado, ou mesmo aqui. Os que não ouvem mil vezes canções que fazem mal e sempre se inibiram de escrever versos medíocres. Abençoados. Parece-me bem que é deles este reino da terra.

in Xá de limão.
via Crónica das horas perdidas

Escrever é isto! Porra. Também quero.

Por esse lado, é melhor não...

Lisboa tem uma escala confortável. Tudo é feito de distancias pequenas. Ontem pude explicar a subtil diferença que rege as ruas do Cais do Sodré e que faz uma distância de alguns passos desviar um alemão grogue de um bar de putas para uma discoteca 5 estrelas.
Na mesma rua, o céu e o inferno? Para um alemão, era estranho.

E deu pra praticar o inglês. Enferrujado como tudo.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Para quem só começou a ver agora

Sou designer. Nesta altura, isso não quer dizer muito. Leiam tipo-que-se-interessa-por-tudo. Fotografia, ceramica, design industrial, tralha, cool-hunting, fetiches, ilustração, design gráfico, pintura, passeios a pé, memes, Tokyo, Street-art, música, freaks, carros. Claro que tudo só ao de leve.
Apesar de já ter visitado a net toda, só este cantinho é que é meu. Este cantinho é onde deposito o que encontro nos passeios que dou e o que me lembro de contar na altura.
E é onde escrevo por gostar mesmo de escrever. Não que seja algum show. Mas é o meu.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Turista de domingo


Aproveitei o sol para fotografar o que não pude fotografar à noite ( stencils ). E para variar, andei mais do que queria.
Andei a ver a cidade dos turistas. Da rua superlotada. Do mitra que vende máquinas fotográficas por tuta e meia. Da esplanada cheia de pombos em cima das mesas. Do fado de segunda, muito apreciado. Do Terreiro do Paço, promovido a passeio público ( diz que é uma extensão de alcatrão muito agradável ) . Do café do elevador de Santa Justa e da bossa nova de terceira, muito apreciada.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Relações modernas


Eu não sei muito de relações parentais, - sou descendente directo de 2 parentes ( só 2, é verdade ) há mais de 30 anos e ainda não percebi umas coisas - mas há gente a trabalhar na área com severos problemas familiares, isso sei ver. Quem sou eu para julgar alguém... Mas há algo de errado numa familia quando o pai diz "FÓNIX!" quando recebe um beijo dos filhos. Freud explicará?

Vejo e revejo a imagem... Será incesto, ou é a esposa, à esquerda? Não chego lá.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Carnaval

Overdose de música de anos 80, copos e coreografias parvas. Cansaço...

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Descanso

Um jantar na comuna.
Um taxista calado: basta ser mais saliente que ele, e assim ele abstem-se de piadas parvas. É verdade, há taxistas que ficam encavacados, mas só se conseguirmos manter o débito de conversa a viagem toda.
Horas de música debaixo de um toldo, à chuva. A ter cuidado para não pisar a menina que dança descalça.
Lux. O cinto prateado de 50 contos, perucas falsas e beautiful people. Happy Mondays de encomenda para o pessoal old-school. Pessoal que não larga a porra do divã e bebe merdas que não gosta de enfiada.
Ao fim, no Cais do Sodré, lá me explicam como se entra em casa depois de uma noitada: bate-se com os pés com força no chão, acorda-se a mulher e manda-se ir aquecer uma sopa. Afinal, a casa é de quem?
O velhote no autocarro deseja-me felicidades e diz que gosta de ver as pessoas a gozar a vida.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Carrinho de bebé grande demais

Nos centros comerciais, saltam à vista os carrinhos Maxi-cosi, equivalente monolugar português dos S.U.V.s americanos. São a resposta do pai novo-rico à insegurança que sente quando anda pela cidade com a sua cria, tesouro inestimável e único, perante a selvajaria que é o mundo moderno ( Quem não acha que um centro comercial é uma selva, vá ao Colombo numa sexta à noite ). A singularidade do sistema-de-suspensão Vs tamanho da concha demonstram a singularidade e tamanho do sentimento que nutre pelo seu rebento. Na ansia de defender a cria, há quem abuse na imponência destes veículos e tenha de comprar um monovolume só para ter porta-bagagens suficiente para alojar o carrinho.
O nosso governo andou a comprar helicópteros de combate a incêndios por meio de um concurso publico. Mas fez o percurso inverso: já tinham o Maxi-cosi ( a ideia de um veiculo que apagasse incendios, transportasse 9 pessoas, equipamento completo e macas com feridos ) , todo pesado e medido, mas afinal compraram um Punto-amarelo em vez do monovolume. Os helicópteros, já comprados, revelam-se pequenos. Estão comprados. Quem vai pagar o Punto-amarelo que ninguém quer, quem é?